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Cálculo na Vesícula

Tratamentos e Doenças

Cálculo na Vesícula

Introdução

A litíase biliar é uma das patologias mais frequentes no trato digestivo. Estatisticamente 20% da população adulta é portadora de cálculo na vesícula. Nos Estados Unidos da América aproximadamente 30 a 45 milhões de pessoas são portadoras de cálculo na vesícula. Estratificando-se um pouco mais essa incidência de cálculo vemos que 50% das mulheres com mais de 60 anos tem cálculo de vesícula enquanto que apenas 15% dos homens nessa mesma faixa etária apresentam esse problema. Sendo que 80% das pessoas com cálculo na vesícula são assintomáticas.

O risco dessas pessoas se tornarem sintomáticas é de 1% a 2% por ano após a descoberta dos cálculos. Alguns trabalhos mostram que 10-25% dos pacientes seguidos por um período de 5 a 15 anos se tornaram sintomáticos.

De uma maneira geral os cálculos biliares são formados por um desequilíbrio entre os sais biliares, lecitina e colesterol. Eles podem ser o resultado de uma concentração maior de colesterol na bile o que acaba acarretando a formação de cristais que ao se fundirem formam os cálculos. A mesma coisa pode acontecer se a concentração de bilirrubina for excessiva, como por exemplo o que acontece nos pacientes com cirrose ou se a vesícula não se esvazia corretamente. Os distúrbios da motilidade da vesícula são mais comuns no paciente idoso, salvo algum fator determinante. A maioria dos cálculos são de colesterol sendo alguns deles mistos. Algumas condições favorecem a formação de cálculos na vesícula e devem ser identificadas pelos médicos por ocasião da consulta. A perda brusca de peso especialmente nos pacientes que foram submetidos a cirurgia bariátrica ou através de dietas restritivas. Outros fatores são gravidez, obesidade, hipotireoidismo, aumento de colesterol e triglicerídeos, cirrose hepática e algumas doenças hematológicas que causam hemólise.

Anatomia da vesícula e vias biliares

Quadro Clínico

A maioria das pessoas com pedras na vesícula não sente nada e pode permanecer assim por muito tempo. Pode surgir uma dor abdominal do tipo cólica, geralmente no epigástrio (“boca do estômago”) e um pouco mais para a direita logo abaixo das costelas A dor geralmente ocorre alguns minutos ou horas após a alimentação gordurosa, pois a mesma desencadeia contrações na vesícula para esvaziamento da bile. Náuseas, vômitos e sensação de digestão ruim, também são comuns. A intensidade e a frequência dos sintomas variam muito entre as pessoas, mas pode ser intensa a tal ponto de melhorar somente com medicação endovenosa. Febre e icterícia sugerem complicações como colecistite aguda, que é a inflamação aguda da vesícula biliar e coledocolitíase que é a migração dos cálculos para a via biliar principal.

Diagnóstico

O exame de imagem mais utilizado é a ultrassonografia que se tornou o método de escolha para diagnóstico da colelitíase. É um método de fácil execução e com uma acuidade acima de 95%. Através dele podemos também detectar cálculos no colédoco em paciente ictérico. Apresenta como desvantagem o fato de ser operador dependente. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são menos usadas e sempre solicitadas quando o caso é mais complexo ou há a necessidade de uma informação complementar.

Tratamento

Cálculos sintomáticos com raras exceções são indicação para o tratamento cirúrgico.
A melhor forma de tratamento é cirúrgica com a retirada da vesícula com o cálculo no seu interior.
O tratamento adequado é a cirurgia videolaparoscopia, que hoje considerado o padrão ouro no tratamento da litíase biliar. Trata-se de um procedimento cirúrgico sob anestesia geral, onde o cirurgião executa o procedimento através de punções abdominais de 5 mm a 10 mm de diâmetro, através das quais são introduzidas adequadas para o para o procedimento, guiadas por imagens de alta definição geradas por uma microcâmera introduzida no abdômen do paciente.

Animação da Cirurgia

A grande vantagem desse procedimento é a ausência de grandes incisões, com menor dor e recuperação rápida do paciente. A cirurgia dura por volta de trinta minutos e é muito segura se for realizada por uma equipe médica especializada e em hospitais com recursos e materiais adequados.

Colecistectomia – Dr. Silvio Ikoma